CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

17.5.11


Portal Vermelho
O Brasil está prestes a ter mais quatro partidos políticos. Além do PSD — Partido Social Democrático, recém-criado pelo prefeito paulistano, Gilberto Kassab —, outros três grupos tentam ultrapassar a barreira das 500 mil assinaturas para conseguirem o direito de nascer (ou renascer). Isso porque um dos partidos em vias de ocupar a cena política nacional é um velho conhecido do eleitor: o PL.
As Forças Armadas também pretendem voltar oficialmente à vida política pelo Partido Militar do Brasil (PMB). Ao mesmo tempo, uma parcela de executivos de multinacionais se articula para criar uma legenda com proposta insólita. O Partido Novo pretende ser uma legenda política sem políticos — pelo menos até o momento do registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Todas as quatro legendas trabalham com prazo curto — até setembro — para consolidar o surgimento, ou ressurgimento. A pressa tem uma razão muito simples. Integrantes dos três partidos acreditam que as eleições municipais de 2012 são a porta de entrada para tentarem eleger uma bancada mínima na Câmara dos Deputados dois anos depois.
No campo das projeções, as perspectivas são distintas. O PSD se prepara para aderir à base aliada de Dilma — pelo menos onde for conveniente — e sonha com 50 deputados federais a partir de 2015. Mais modesto, o PL tenta renascer sem a parcela do antigo partido que migrou para o atual PR. Já o PMB, pretende empunhar as bandeiras militares — entre elas a aprovação do projeto que institui piso salarial para a categoria.
Já na última legenda na fila de criação do TSE, o Partido Novo, o foco dos executivos é em gestão. Para isso, pretendem centrar fogo nas prefeituras, com a meta de inaugurar modelos de gestão. A proposta é defender uma economia liberal, bandeira hoje órfã, mas que outrora teve como representante mais claro o DEM.
“Entendemos que é vital melhorar a eficiência na gestão dos impostos. Traçamos um estatuto para que o partido cobre dos seus representantes metas, gestão e resultados. O partido dá suporte a eles — e eles têm o compromisso de gestão com o partido”, resume o presidente da legenda, João Dionísio Amoêdo, membro do conselho de administração do Itaú BBA e ex-vice-presidente do Unibanco.
No PL, os remanescentes da antiga legenda de Valdemar da Costa Neto acreditam que ao recriar o partido escaparão do desgaste de imagem provocado pelo mensalão. Como presidente de honra, José Batista Júnior, dono do frigorífico Friboi, o PL também tenta se desvincular da antiga característica de partido umbilicalmente ligado às igrejas evangélicas, mas permanece repleto de líderes religiosos pertencentes essas instituições

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