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Sávio Ximenes Hackradt

3.5.11


Essa é a estimativa de quanto custou aos EUA o combate à Al-Qaeda e a outros grupos radicais desde o 11 de Setembro
Roberto Godoy - O Estado de S.Paulo
A guerra ao terror custa uma fortuna: nos últimos dez anos, o governo americano investiu cerca de US$ 1,2 trilhão. Essa cifra total, de acordo com um pesquisador da Universidade da Defesa, em Washington, é apenas estimada - quase todos os gastos são secretos e estão preservados sob o selo listrado que protege os processos sigilosos.  
A agência governamental GAO (Government Accountability Office, ou Escritório Geral de Contabilidade), a auditoria da contabilidade da administração, admite gastos na faixa dos US$ 335 bilhões só na reorganização da comunidade das agências de inteligência - são 13, como divulga a mais conhecida delas, a CIA, ou 19, o número citado no relatório do Conselho Nacional de Inteligência.
O atentado contra as Torres Gêmeas, em setembro de 2001, revelou a enorme fragilidade do sistema. Os militantes da Al-Qaeda haviam deixado claras pistas. Vários indícios estavam registrados em informes que acabaram não consolidados e, pior, não analisados.
O então presidente George W. Bush iniciou o programa de reorganização de acordo com regras especiais. Criou um monstro. Em 2010, estavam em construção 33 complexos para abrigar a nova rede - todos formados no mínimo por três prédios.
Havia, então, 1.271 organizações governamentais e 1.931 particulares dedicadas a produzir informações, a partir de 10 mil locais nos EUA e no exterior. O número de pessoas diretamente envolvidas batia em 854 mil.
O jornal Washington Post acusou o governo de atuar com desperdício, gigantismo, ineficiência e arbitrariedade. A Diretoria de Inteligência Interna limitou-se a emitir uma nota discordando formalmente das conclusões.
O diretor da CIA, Leon Panetta, redimiu a má fama da corporação reduzindo drasticamente o trabalho acadêmico e aumentando as operações táticas, em conjunto com as unidades militares. O melhor resultado dessa retomada da vocação da agência apareceu no domingo: em 44 minutos, a fortificação de Osama caiu.
Os militares chegaram em quatro helicópteros Black Hawk. Perderam um, por falha mecânica. Participaram 24 homens sem nome, sem rosto e sem números de série. Os agentes do Seal (sigla para mar, ar e terra, em inglês) a rigor não têm nem mesmo farda própria. Os integrantes, todos voluntários, da tropa mais letal da Marinha americana, vestem, raramente, as fardas de suas unidades de origem. Acrescentam a elas só a insígnia do time: um tridente.
Quando são condecorados, recebem as homenagens discretamente, sempre à noite, usando a máscara de malha. E sem público. A operação conhecida mais recente, antes do ataque em Abbottabbad, ocorreu em abril de 2009, na Somália. Os soldados do Seal chegaram pelo ar, de grande altitude. Depois da queda livre e do uso da asa de planeio, pousaram em um navio militar dos EUA e entraram em ação para resgatar o capitão de um cargueiro americano refém de piratas. Na primeira chance, dispararam os fuzis M4: três tiros, três mortos. Nada de excepcional na rotina do time especializado em missões incomuns.
Acertar alvos móveis a distância é uma das habilidades dos soldados. Quase todas as informações sobre a equipe são secretas. Sabe-se que há dez grupos operacionais, cada um com 156 suboficiais e 27 oficiais. O treinamento preliminar dura 15 meses. O principal, dois anos e um mês - 20% chegam ao fim.
Eles recebem instrução anfíbia, tiro de precisão, mergulho, paraquedismo, artes marciais, uso de armas brancas, demolição, uso de armas de fogo de vários calibres, pilotagem de helicópteros e aeronaves leves. A cada ano, são abertas 900 vagas. Raramente aparecem mais do que 700 candidatos. Em 2007, apenas 170 foram aprovados.

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