1.5.11
Postado por
Sávio Hackradt
Sociedade, Meio Ambiente e Cidadania
Artigo - Profª. Marígia Tertuliano da UNP
Sexta-feira, 29 de abril de 2011, foi uma data importante para o calendário de milhares de veículos de comunicação.
Ao longo de vários dias, criou-se o clima propício para que voltássemos ao mundo de Cinderela e, replicando informações, a mídia dedicou longas horas de sua programação ao casamento real fazendo o mundo parar para assistir ao espetáculo do século. Enquanto o mundo para e assiste ao casamento real, a economia gira, a desigualdade se amplia, os mitos nascem e a realidade é esquecida por alguns instantes.
No dia anterior (28) ao memorável evento, era o dia Nacional da Caatinga. O que foi feito para que a sociedade tomasse conhecimento desse importante bioma e pudesse participar de ações para protegê-lo? Da mesma forma, o Fórum Econômico Mundial, versão América Latina, estava acontecendo no Rio de Janeiro – discussões que vislumbram pactuar à promoção de um mundo mais igualitário e justo, assim como o dia Mundial em memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho. Infelizmente, os acontecimentos elencados, não foram importantes o suficiente para serem notícias.
A partir do exposto, pergunto: o que justifica tanto alvoroço? Por que a estandardização desse evento? Simples: negócios, negócios e mais negócios, os quais justificam a reprodução do capital.
Hoje, primeiro de maio, é comemorado o dia do trabalhador. Nesse sentido, diferentemente do casório real, é preciso refletir sobre a realidade do mundo do trabalho. Na lógica do capitalismo a liberdade está condicionada às metas individuais, que muitas vezes advém de cabeças que em nome de números agem sem entender a importância do bem-estar; e se atiram no lucro pelo lucro. Apesar da seriedade de algumas empresas, o piso da fábrica ainda continua sendo celeiro de exploração A coisificação nunca esteve tão em alta
É fácil identificar essa apropriação indébita quando se constatam em horas os afazeres profissionais. Como quantificar em resultados o acúmulo de conhecimento de profissionais que, por imposição do mercado e da vida, são levados a construir carreiras brilhantes para trabalhar em empresas com gestores muitas vezes menos qualificados que aqueles?
Como reter e aflorar talentos quando o conhecimento torna-se moeda de troca para que profissionais vendam suas habilidades e competências em palcos onde sabem que as respostas não virão?
Assim, o pouco nível educacional e a ampliação da desigualdade, ensejam a possibilidade da expansão de empresas que vendem ilusões, algumas utilizam o tempo como ferramenta para vender inverdades - um mês para fazer o segundo grau, é um dos exemplos; selecionadoras de pessoal oferecendo postos de trabalho, a partir do pagamento de um cadastro; possibilidades interessantes de ascensão profissional, construídas muitas vezes no imaginário.
Sabemos da necessidade, mas até quando essas empresas utilizarão a educação, em si e per si, como mercadoria?
Dar um basta às fábricas de diplomas é fundamental. Educação é coisa séria e como tal deve suscitar a movimentação para que essas pessoas transformem suas realidades. Salários justos e empresas responsáveis é fruto de entendimento de corresponsabilidade e solidariedade onde o agir fará a diferença.
Concordo com Emir Sader, quando afirma: “os salários bastam, no máximo, para que o trabalhador reproduza suas condições de trabalho, enquanto o capital se multiplica explorando o trabalho.”
Viva o trabalhador brasileiro!
Estação Música Total
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