CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

1.12.12


Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor

Nos últimos dias o assunto sobre a alienação do velho Estádio Juvenal Lamartine vem tendo espaço na mídia.

Há pronunciamentos favoráveis a uma permuta; outros em conservação e restauração; outros, ainda, pela transformação em um bosque e outras indicações.

O jornalista Albimar Furtado retratou bem o tema em seu artigo de hoje no Novo Jornal, recordando momentos históricos daquele equipamento público e fazendo ponderações racionais, onde conclui pelo aproveitamento das ideias da Professora Eleika Bezerra, reafirmada pelo Arquiteto Moacyr Gomes, no sentido de se fazer ali uma área verde. 

É por aí a solução.

Não se deve preservar simploriamente, mas oferecer um patrimônio da história local com sustentabilidade.

Primeiro, devem ser restauradas as arquibancadas originais, pois elas têm um modelo arquitetônico a ser preservado. O mais seria realmente arborizar convenientemente o local, com construção de restaurante, pequenas lojas e um museu do esporte, reservando-se a área da frente para estacionamentos, mas restaurando o pórtico de entrada e parte do muro da forma como foi inaugurado.

Lembrem-se do Bosque do Central Park de Nova York e outras dessas maravilhas que temos em algumas capitais no Brasil.

Vender prá que? Vamos respeitar, pelo menos um pouco, do que restou de um passado feliz desta cidade dos Reis Magos. Quem não lembra do parque de brinquedos da Praça Pedro Velho. Ali passei muitas tardes de domingo com os meus filhos. É inesquecível!

Poderíamos repetir no JL algo parecido. Parece até um sonho!

Tem razão Albimar - "Abra-se ao uso público e ela ficará repleta de gente, como estão hoje o Bosque dos Namorados e o Mangueirão". 

O velhinho aqui vai comprar mais uma briga, como já está fazendo junto a Valério Mesquita, para tornar o Instituto Histórico de Geográfico do Rio Grande do Norte, um equipamento para acesso público e preservação do seu acervo, através da digitalização de documentos e obras, de forma a permitir consultas e pesquisas através de computador, sem os riscos de desgaste dos originais.
Salvemos o nosso patrimônio, que é parte da história e, com essa providência restauremos nossos costumes, nosso folclore, nossos folguedos e nossas tradições.

O progresso só se justifica com a preservação da história, que constitui o amor à terra mãe.

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