CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

18.6.12

Por Leide Franco (@LeideFranco)

Estamos vivendo um tempo difícil e fácil, dependendo da referência. Ficar desconectado é estar à margem do mundo. Muita coisa deixa de funcionar se não estivermos com o celular pelo menos a um metro do alcance das nossas mãos. Depois da invenção dos smartphones, a dependência tornou-se vital, é uma extensão do corpo humano, como já previa McLuhan, na década de setenta.

Que a nossa dependência é algo quase impossível retroceder, é fato, mas e quando ela pode matar? Estou vendo potenciais suicidas e assassinos por trás dos volantes. Eles têm caras felizes, preocupadas, por vezes parecem brigar e a impressão que passam é que estão em outro mundo. São praticamente onipresentes.

As leis de trânsito obrigaram o motorista a usar o cinto de segurança e o motociclista a não dispensar o capacete. Acredito que essas duas normas são as mais respeitadas atualmente, mas nenhuma outra lei conseguiu fazer o homem deixar o aparelho de celular desligado ou não ceder ao ímpeto de atender quando ele toca aquela bela musiquinha.

O artigo 252 do Código de Trânsito veda o uso do celular enquanto o condutor dirige. A multa para quem infringir a legislação é de R$ 85,13 (só isso?!). Esse tipo de infração é considerada média e o motorista perderá quatro pontos na carteira. Mas quem está preocupado com isso? Uma minoria que faz de tudo para não matar, mas que pode morrer a qualquer momento.

Além da incontrolável necessidade de atender a chamada, muitos estão usando a internet e redes sociais enquanto perambulam pelas ruas. Impossível chamar de outra coisa a não ser perambular feito zumbis, já que o piloto ainda não é 100% automático. Estudos do Laboratório Britânico de Pesquisa em Transportes mostram que enviar SMS, responder um tuite ou curtir um post no Facebook pode ser mais fatal que dirigir sob efeito do álcool. Entorpecente.

Então, caro leitor, se você é desses que atende ao celular, fique esperto. Pode ser que em uma curva dessas a sorte abandone você e a morte lhe tome dos seus amigos e família. Perder a vida para um aparelho do tamanho da sua mão é muita covardia. Pior, se você não morrer, pode matar. Qual a graça nisso? De vez em quando é preciso desconectar. Acorde!

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