3.4.12
Postado por
Sávio Hackradt
Apresentados
como uma revolução para a educação, os tablets estão cada vez mais presentes no
cotidiano das crianças. Porém, especialistas recomendam uso moderado para
evitar problemas de conduta ou aprendizagem. O Brasil setá investindo na
instação de fábricas de telas sensíveis ao toque. O investimento deve passar
os US$ 4 bilhões.
Fonte:
Folha Online
Foto: Folhapress |
Segundo
dados coletados no final de 2011 por uma agência de marketing para criançass,
com 2.200 pais e crianças nos Estados Unidos e Reino Unido, 15% dos menores
entre três e oito anos utilizam o iPad de seus pais e 9% possuem o seu próprio;
20% deles têm o iPod Touch.
"É
uma questão que surgiu nos últimos dois anos. Eles não conseguem tirá-los das
mãos", exclamou Warren Buckleitner, editor da publicação mensal na
internet "Children's Technology Review", ao falar dos tablets e de
sua atração para as crianças, num debate sobre o tema organizado nesta semana
nos Estados Unidos.
O
mesmo estudo indica que 77% dos pais ouvidos acreditam que a experiência dos
filhos com o tablet os ajudam a aprender a resolver problemas, além de
contribuir para desenvolver um pensamento criativo.
No
entanto, a utilização desse tipo de artefato pelos pequenos desperta, ao mesmo
tempo, temores de problemas como o autismo, o (transtorno por déficit de
atenção com hiperatividade (TDAH) ou a falta de concentração.
"Definitivamente
trata-se de equilíbrio. É preciso ser muito cuidadoso porque pode-se provocar
muita histeria", informou Rosemarie Truglio, vice-presidente e
pesquisadora da Sesame Workshop, uma organização americana que cria programas
de televisão para crianças.
Para
Lisa Guernsey, diretora para a Iniciativa de Educação Prematura da New America
Foundation, é necessário "diferenciar entre causa e associação", na
hora de falar do aparecimento de problemas de conduta ou aprendizagem e por a
"culpa" nos artefatos eletrônicos.
Guernsey,
autora de um livro sobre a influência das novas tecnologias nas crianças,
destacou a necessidade de "estabelecer parâmetros" e tentar educar as
crianças para que se autorregulem frente à avalanche de informações que
aparecem ante seus olhos.
Nesse
sentido, lembrou o chamado "vídeo déficit", segundo o qual a aprendizagem
através de uma tela produz resultados inferiores ao "cara a cara" com
outra pessoa, e pôs em destaque a importância da comunicação com a criança.
Sem
pânico?
Annie
Murphy Paul, autora do livro sobre a ciência da aprendizagem que será publicado
em breve, afirmou que "o pânico não é bom" na hora de pensar em
tablets eletrônicos e crianças, embora também advirta que ainda falta comprovar
"o valor" desses artefatos para os menores.
"O
cérebro está mudando todo o tempo, cada vez que aprendemos algo novo",
relativizou Annie que, além de ser especialista, é mãe e afirma que controla
estritamente o tempo que seus filhos passam com estes artefatos.
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