CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

8.2.12


Recente estudo, elaborado pela revista inglesa The Economist, que mapeia, do ponto de vista de oportunidades, os 26 estados brasileiros e o Distrito federal, mostra que o Rio Grande do Norte é o 5º pior estado brasileiro para investimentos estrangeiros no Brasil. O estudo divulgado no Brasil pela revista Veja, em dezembro de 2011.

Artigo publicado na revista Palumbo*

O Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros traz uma radiografia sobre quais unidades da federação estão preparadas para lidar com os recursos estrangeiros que serão investidos no Brasil a partir de 2012.  E mostra que os 26 Estados e o Distrito Federal concorrem não apenas entre si, mas também com países que se encontram em situação delicada em virtude da crise econômica mundial.

Numa escala que vai até 100, a média do RN foi de 26,9. O índice projetou o Estado como o quinto pior do Brasil e o terceiro na região Nordeste. No estudo, 25 indicadores são mapeados em seis categorias, tendo em todos o Rio Grande do Norte ficado abaixo da média nacional. Por exemplo, no quesito infraestrutura a nota do RN foi vergonhosa: ZERO.

Lamentável! Não é possível que os potiguares não se envergonhem dessa posição ridícula que o RN ocupa, apesar de nos últimos 40 anos todos aqueles que governaram o estado e participam da elite política terem prometido preparar o Estado para receber o progresso e o desenvolvimento.

A incompetência, a incúria, a irresponsabilidade dos governos nesses últimos 40 anos não foram capazes de impedir a capacidade empreendedora dos potiguares e de outros que vieram para aqui se estabelecer. A sociedade potiguar luta para vencer as dificuldades e conseguir, aos trancos e barrancos, gerar riquezas e renda, independente do poder político tradicional dominante no Estado desde a metade do século passado.

As famílias tradicionais que dominam a política local já fizeram “Paz Pública” e todo tipo de acordo político, prometendo um RN desenvolvido e próspero – e isso, invariavelmente, é o discurso que domina a cada eleição e a cada governo que se inicia, mas que logo se mostra apenas isso: discurso e nada mais.

De fato, todos os acordos políticos feitos no RN só serviram para que eles, os líderes dos grupos dominantes, se perpetuem no poder.

No mapa comparativo entre os estados brasileiros e nações, que a revista inglesa The Economist fez, a conclusão é que o Rio Grande do Norte se assemelha à Jamaica, Macedônia e Albânia.

No PIB, o RN é comparado à Jamaica, país da América Central, com um Produto Interno Bruto de US$ 13,9 bilhões. No PIB per capta, - quando se distribui a riqueza pelo número de habitantes -  o RN se equipara à Macedônia: são US$ 4.471,00 por habitante. Já em população, 3,1 milhões de pessoas, o RN é comparado à Albânia.

O péssimo desempenho do RN confirma que o Estado está sucateado há muitos e muitos anos. E a responsabilidade dessa situação é de todos aqueles que governaram nos últimos 40 anos.

Os governos anteriores não foram capazes de preparar o Estado para um desenvolvimento capaz de gerar riquezas, renda e justiça social. O atual governo, vencido já o seu primeiro ano (2011), até hoje não apresentou nada que descortine um futuro de desenvolvimento e progresso para o RN. Só chorou pitangas sobre os problemas herdados do governo anterior, que por seu lado herdou problemas do governo antecessor, e este também herdou problemas do governo anterior, que herdou dificuldades do governo antecessor... E, nessa sucessão de herdar, e chorar, dificuldades, nenhum deles foi até hoje capaz de colocar o RN num caminho rumo ao desenvolvimento com justiça social.

Não cuidaram e continuam sem cuidar dos interesses da sociedade norte-rio-grandense. Cuidaram e continuam cuidando dos interesses de seus grupos políticos.

E o cidadão, a cidadã potiguar, até quando vão aceitar passivamente essa situação?

Palumbo – Janeiro/2012, por Sávio Hackradt

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