CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

31.5.12


Familiares das 228 vítimas do voo AF-447 receberam na véspera do terceiro aniversário da tragédia - lembrado nesta quinta-feira, 31 - uma boa notícia: entre 30 de junho e 5 de julho, os relatórios finais do acidente serão, enfim, apresentados.

Andrei Netto, Estadão.com.br

O problema é que as duas investigações paralelas, da Justiça e do Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA), serão contraditórias.

Enquanto a primeira deve reforçar as suspeitas de negligências da Air France e da Airbus, já indiciadas por homicídio culposo; a segunda insistirá em responsabilizar os pilotos.

Durante os três primeiros anos de investigação, todas as atenções da imprensa e das famílias das 228 vítimas - 58 brasileiras - se concentravam no trabalho dos peritos do BEA, que realizaram as buscas em alto-mar à procura dos destroços do Airbus A330 e das caixas-pretas.

O último relatório parcial dos técnicos, de julho de 2011, deixa claro que o escritório apontará falhas de pilotagem como o principal fator para a queda.

Segundo essa lógica, o comandante da aeronave, Marc Dubois, de 58 anos, e seus copilotos, David Robert, de 37, e Pierre-Cedric Bonin, de 32, reagiram de forma inadequada ao congelamento das sondas pitot. Esses sensores medem a velocidade de um avião e orientam todo o sistema de navegação de um Airbus.

Essa conclusão não satisfaz especialistas independentes e familiares de vítimas. "O BEA não é um organismo independente. Ele depende do Estado francês, que é acionista da Air France e da Airbus", criticou Yassine Bouzrou, advogado das famílias.


0 comentários:

Postar um comentário


Estação Música Total

Últimas do Twitter



Receba nossas atualizações em seu email



Arquivo