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Sávio Ximenes Hackradt

3.7.12


Por Gustavo Maia (@GustavoMaia1)

No Brasil, no final da década de 1990, as questões colocadas pela globalização, tais como o desemprego, a falta de qualificação de mão de obra e o mercado cada vez mais competitivo e exigente, geraram uma situação de crise. Soluções ou políticas públicas, com a crença cada vez menor pela população, que levem a geração de novos empregos e ao aquecimento da economia estão foram apontadas como necessidades inegáveis. Esse contexto reforçou a necessidade de se levantar dados sobre as organizações e sua realidade no Brasil nos dias atuais, bom como sua inserção no mercado globalizado e extremamente informatizado. 

Durante algum tempo a tendência foi a de se trabalhar com as organizações dissociadas de suas características culturais. No entanto alguns trabalhos e estudos apontam na direção do reconhecimento da identidade das noções , que se diferenciam em vários aspectos e que têm cada vez mais, a consciência do significado de empreendimentos multiculturais entre suas empresas. No Brasil, a minoria das empresas nacionais é de capital aberto. São, em outras palavras, empresas familiares.

O conceito de empresa familiar básico é de que se considera uma empresa como familiar quando um ou mais membros de uma família exerce considerável controle administrativo sobre a empresa, por possuir parcela expressiva da propriedade do capital. Assim, existe a estreita ou considerável relação entre propriedade e controle, sendo que o controle é exercido justamente com base na propriedade.
As empresas familiares representam 99% das empresas não estatais  brasileiras. São elas que representam a possibilidade de uma maior absorção de mão de obra e geração de empregos, são elas  as responsáveis pela sustentação da economia e do aquecimento do mercado e são elas também as mais afetadas pela globalização e burocracia nos dias atuais. As empresas familiares vêm perdendo importância relativa entre as empresas de maior porte no Brasil por causa da sua relutância em abrir o capital e em associar-se a parceiros internacionais. 

Apesar da importância e da necessidade de pesquisas sobre as pequenas e médias empresas, boa parte das teorias administrativas e dos modelos de mudanças organizacionais são derivados de pesquisas realizadas em empresas de grande porte, geralmente de capital aberto, quando não abordam pesquisas replicadas de países de primeiro mundo, de forma a pretender fazer uma transferência de tecnologia, sem considerar as características culturais específicas do Brasil. Os resultados de empresas como estas não auxiliam na compreensão das pequenas e médias empresas.

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