9.2.11
Postado por
Sávio Hackradt
Por Wálter Maierovitch do blog http://maierovitch.blog.terra.com.br
1. Não existe nada pior para a criminalidade organizada do que perder o controle de território e social e, por consequência, experimentar desfalque patrimonial.
Ontem, no Rio de Janeiro, sem disparar um único tiro, o Estado retomou o controle de nove favelas anteriormente governadas por facções do Comando Vermelho: Zinco, São Carlos, Mineira, Querosene, Fogueteiro, Prazeres, Escondidinho, Fallet, Coroa. De quebra, apreendeu expressiva quantidade de drogas ilícitas e de munições para armas de grosso calibre.
Nas nove favelas, mais de 26 mil moradores eram obrigados a seguir as ordens impostas por uma criminalidade organizada de matriz mafiosa, que se caracteriza pela conquista do espaço físico e por manter a comunidade subjugada.
Os membros do crime organizado, corretamente pré-avisados da ação integrada das forças de ordem, deixaram as áreas e migraram para outras localidades, sem resistência.
Para uma organização acostumada, há anos, a difundir o medo na população e se mostrar como mais forte que as forças do Estado, a debandada resultou em mais uma humilhação. A primeira foi no Complexo de Alemão, com a fuga em massa mostrada pela televisão.
Perda de prestígio e desmoralização de uma associação delinquêncial, por evidente, gera na comunidade confiança nas forças de ordem.
Além dos mais de 26 mil moradores diretamente beneficiados com o fim da “secessão criminal”, outros 500 mil residentes em bairros do entorno foram beneficiados com a queda do império delinquencial.
Convém lembrar que a retomada de territórios pela forças de ordem abre caminho para a instalação segura de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs), complementada por um pacote de ações sociais necessárias. Na área ocupada pelas nove favelas serão instaladas três UPPs.
Enquanto o Rio de Janeiro implanta, sem sangue derramado, as UPPs, o México continua a perder para o crime organizado a guerra iniciada pelo presidente Felipe Calderón em dezembro de 2006.
A guerra de Calderón resultou, até agora, em mais de 30 mil mortes, sendo que cerca de 70% dos mortos não tinham ligações com os cartéis ou com ações criminais.
2. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de dez assassinatos num universo de 100 mil habitantes significa ingresso em zona de descontrole estatal, pelas suas forças de ordem. Numa imagem, equivale a uma epidemia criminal.
Com exceção de Pernambuco, os estados do Maranhão, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte, apresentam intolerável escalada de violência.
Na Bahia, no arco temporal entre 2006 e 2010, os homicídios passaram de 3.322 para 4.856, o que significa um aumento anual de 50,72%
Nos últimos dez anos, o número de homicídios dolosos cresceu 242% no Maranhão. No Piauí, o aumento foi de 203%, enquanto Rio Grande do Norte e Paraíba chegaram a 178% e 158%.
As conclusões acima são do professor José Maria Nóbrega, da Universidade Federal de Campina Grande. Ele analisou dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. O trabalho do professor Nóbrega está destacado no jornal O Globo de hoje, com matérias dos jornalistas Marcelo Remígio e Rafaela Anunciação
PANO RÁPIDO. O maior empecilho para contrastar a criminalidade e a violência está na organização em federação. Cada unidade federativa conta com quatro polícias (civil, militar, federal e rodoviária federal. Deixei fora a municipal, pela competência reduzida), dois ministérios públicos (estadual e federal) e duas justiças criminais (estadual e federal). A comunicação entre os órgãos é ineficiente. Idem com relação à troca de informações e às ações coordenadas entre diferentes unidades federativas.
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