CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

1.1.12


SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA 
Por Marígia Tertuliano*

“Brasil: sexta economia do mundo, conforme a Economist Intelligence Unit (EIU), empresa de consultoria e pesquisa, ligada à revista The Economist”.

A notícia que coloca o Brasil como sexta economia do mundo causa espanto e justificativas absurdas, na tentativa de desmerecer o trabalho realizado. Em uma época onde as economias do mundo desenvolvido estão em crise, alguns brasileiros ainda padecem da “Síndrome do  vira-latas”, preferindo desmerecer o feito.

Frases como: “Sexto maior PIB do mundo é pra inglês ver”; “IBGE aponta que 11,4 milhões de brasileiros vivem em favelas”. “É a sexta economia estúpido...”, dentre outras, estarrecem.

No entanto, não analisam que é um momento ímpar para a América Latina, que começou a ser estudada há alguns anos. Momento ímpar para suprir a história econômica de dependência e servidão, desde quando o modelo de substituição de importações foi implantado. É verdade que fazer análise econômica não é simples, principalmente em um país onde a mídia cria chavões, a exemplo do “Milagre Brasileiro” ou da “Década Perdida”, para enaltecer um Brasil muito mais desigual.

O momento é muito interessante para nossa economia, pois, hoje, nossas commodities são valorizadas, e mais do que isso: diferentemente de outras épocas, onde exportar era o que importava, começamos a incentivar o consumo do mercado interno – este faz a economia girar. Hoje, vivemos a volta ao planejamento, coisa que foi esquecida há muito tempo e que causou muitos problemas a nossa economia.


É importante frisar que o ganho que estamos tendo é com o crescimento. Entretanto, é preciso que as unidades federativas pensem em estratégias de criar condições ao desenvolvimento, pois as disparidades regionais são enormes e, se não pensarmos nelas, estaremos fadados a perder, mais uma vez, o bonde da história.

Todo governo quer alcançar alto nível de emprego, estabilidade de preços, equidade de renda e crescimento econômico. Esses fatos geram números. Entretanto, é o desenvolvimento que gera melhoria na qualidade de vida do cidadão, e isso só é alcançado se os gestores pensarem políticas públicas e não ações de governo. Entender a realidade local é fundamental para se chegar a esses objetivos. No entanto, é necessário mapear as necessidades da sociedade com planejamentos sérios que possibilitem o agregar valor à gestão municipal.

Nesse sentido, a construção de PPAs de excelência é fundamental. Mesmo que todos saibam disso, ainda se veem ações totalmente desfocadas das políticas propostas e planos acéfalos, que são constituídos apenas para atender à Constituição. Sendo assim, como seremos economia em destaque, se alguns trabalham para ampliação, e outros para a redução?

A frase acima: “Sexto maior PIB do mundo é pra inglês ver...”, assim como a outra, pinçadas do twitter, e postadas por formadores de opinião, representa bem o que quero dizer: para alguns, a lei do quanto pior melhor continua valendo. Assim, insisto: vamos pensar um País para todos. Um País onde ter não é “pecado”, mas que também possa ser estendido a todas as classes. Equidade de renda é benefício, é vitória, é ganho, é direito. Salário mínimo de R$622,00 (seiscentos e vinte e dois reais) ainda é pouco para onde queremos chegar. Todavia, já existem gestores municipais dizendo que será terrível para os municípios.

E, aí, o que dizer das palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou, na terça-feira, 27, que, em menos de quatro anos, 2015, o Brasil será a quinta maior economia do mundo, em termos de Produto Interno Bruto (PIB), superando a França? Achar ruim? Espero que não. Enfim, vamos planejar melhor as contas públicas e ajudar na melhoria de todos os índices que mapeiam o desenvolvimento.

Assim, que venham 2012, 2013, 2014, 2015... e que possamos comemorar mais vitórias em um País que não é pobre, mas que ainda tem muitos pobres. 

Feliz Brasil Novo para todos!

*Marígia Tertuliano é economista e professora universitária

0 comentários:

Postar um comentário


Estação Música Total

Últimas do Twitter



Receba nossas atualizações em seu email



Arquivo