20.3.11
Postado por
Sávio Hackradt
Sociedade, Meio Ambiente e Cidadania
Foto João Henrique Lins Bahia
Marígia Tertuliano - Profª. da UNP
Em apenas duas semanas, fenômenos naturais remexeram com o imaginário coletivo e chamaram a atenção do mundo: o primeiro, a Tsunami que arrasou o Japão; o segundo, a superlua - a maior em 18 anos.
Cada um dos fenômenos chama atenção por suas singularidades. Para mim, reiteram a fortaleza de um povo e, por conseguinte, a sensibilidade e solidariedade, apesar da enorme desigualdade social ainda existente.
No primeiro caso, o mundo assistiu em tempo real a tragédia japonesa. Entretanto, a atitude de suas famílias, após as catástrofes, o encantou: os japoneses, mais uma vez, mostraram o valor do respeito e da superação, apesar das inúmeras famílias dizimadas, das oscilações na bolsa de valores, dos problemas nucleares, entre outros. Os veículos de comunicação pautaram essa atitude como um diferencial, a partir da organização primorosa para o recebimento de doações – recebimento de bolinhos de arroz, assim como das filas intermináveis para a compra de alimentos.
Sem atropelos ou vandalismo, os orientais reeditaram a importância do consumo consciente e o valor ao não desperdício. A todo o momento a solidariedade e a força para recomeçar se faziam presentes. Segundo, Leonardo Boff tudo isso “... é fruto de séculos de educação na linha do TAO. [Os japoneses] dão um exemplo de como não perder o centro nas desgraças”.
Acrescento ainda, que essa atitude também é denotada no povo judeu, que espalhados pelo mundo enaltecem a importância da alteridade como forma de difundir o não à intolerância. A convivência com os horrores das guerras e do extermínio demonstrou a força desse povo que se refez pelo mundo, assim como os japoneses.
Seguindo o raciocínio, percebe-se que no Brasil, infelizmente, ainda vivenciamos a prática do desperdício, da omissão e do vandalismo. Isso não quer dizer que somos uma nação menos importante do que o Japão ou outro país.
A lógica errada do “pago, logo posso”, suscita questionamentos: o brasileiro valoriza o que tem; briga por seus direitos; entende os seus deveres; faz planejamento; sabe poupar? Ou mais: por que desperdiça alimentos, tempo e energia? Talvez sejam essas questões que nos fazem admirar as atitudes do povo japonês e dos judeus perante as calamidades vividas.
Somos cordiais, é verdade, além de sermos também solidários à dor do outro. A prova pode estar no registro da mais bela lua de todos os tempos: a superlua perigeu; ou na mobilização que fizemos para ajudar aos japoneses em seu País. A verdade é que, para nós, a superlua continuará sendo lua de São Jorge. Aquela a qual nossos pais nos diziam: estão vendo a lua? Agora é noite, no Japão é dia; se furarmos a terra chegaremos lá.
Nossa inocência criança nos fazia viajar por essas informações. Entretanto, mal sabíamos que grandes como os nossos sonhos deveriam ser nossas atitudes perante as adversidades. As catástrofes, vivenciadas pelos japoneses, nos levaram à reflexão: “Lua de São Jorge serás minha guia no Brasil de norte a sul”?
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