4.4.11
Postado por
Sávio Hackradt
Sociedade, Meio Ambiente e Cidadania
Marígia Tertuliano - Profª. da UNP
Grafite é arte. É uma forma de manifestar-se artisticamente em espaços públicos.
Sua versão contemporânea se deu nos anos 70, em Nova York e de lá para cá muitos se engajaram nessa proposta.
Assim, alguns jovens começaram a deixar suas impressões em paredes. Hoje, o que vemos é a evolução dessa arte com técnicas e desenhos.
Foto Marígia |
A cidade mostra sua paisagem e anônimos se comunicam com a sociedade mostrando suas visões de mundo através de paredes e muros pintados em tons fortes, muitas vezes demonstrando angústia, sofrimento e poucas vezes, felicidade.
Os artistas com seus códigos refletem sobre a vida e sua realidade. Às vezes mensagens alegres, outras tristes. Cotidiano; o jogo de futebol; cores vivas e também sóbrias. O Alienígena azul - nome sugerido por minha filha - é uma dessas peças expostas em nossa cidade.
Em Natal, isso chama a atenção. O grafite está chegando com belas imagens e retratando o universo feminino – mulheres desnudas e suas angústias, aparecem solitariamente em paredes na Avenida Roberto Freire, assim como no largo do Machadão, onde os traços delicados enaltecem a beleza dessa arte.
Paralelamente, há outra realidade: os pichadores. Anônimos, enfeiam a cidade com uma ferocidade impressionante. Casas, prédios e fachadas marcadas com palavras fortes e muitas vezes ininteligíveis. Quem são os responsáveis por esse movimento que entristece a cidade? Qual o propósito? Por que sujar o espaço público? Essas respostas podem estar ligadas ao desencantamento com o mundo, ao não entendimento de viver o coletivo?
Isso me leva a refletir sobre a importância da participação e controle social.
O que esses indivíduos querem dizer ao tornar a cidade suja, triste e feia? Não existe um movimento, mas indivíduos insatisfeitos com sua condição tentando chamar a atenção daqueles que estão a sua volta.
O ético e o estético perdem sentido e o individualismo é enaltecido. Que caras têm esses anônimos, jovens ou adultos que veem nessa prática a possibilidade de comunicação?
Assim, quando a sociedade vê seus direitos desrespeitados, nos direntes segmentos, tenta de alguma forma revidar - os protestos tornam-se gritos pessoais, muitas vezes retratados com gestos deselegantes.
Na realidade é preciso refletir sobre a forma de protestar.
Na gestão pública isso não é diferente. A falta de comunicação, informação, planejamento e a definição de metas exeqüíveis também enaltecem a ampliação desses protestos.
As redes sociais tornaram-se espaços ímpares para isso. Por que não o grafite?
A população precisa de canais que ampliem a informação através da arte, da cultura. É preciso repensar a forma de comunicação com o cidadão.
Entendo que os resultados serão alcançados se espaços de cultura forem criados em todos os bairros da capital, como uma forma de fazer a sociedade falar outra língua, a da coletividade.
É preciso fazer mais alienígenas azuis.
Estação Música Total
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