CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

24.4.11

Sociedade, Meio Ambiente e Cidadania
Artigo - Marígia Tertuliano - Profª. da UNP

Bairro da Liberdade/São Paulo - Foto Marígia Tertuliano

Os últimos acontecimentos veiculados na mídia, ao longo da semana - embriaguez de parlamentar no trânsito; movimentos por preços justos nos combustíveis; matança de inocentes e ser humano jogado no lixo como dejeto, por aquela que o pariu, me fizeram refletir sobre a apatia da população.
A partir dessa realidade pergunto: até quando vamos conseguir ver esses fatos de forma banalizada? Até quando os administradores públicos vão fechar os olhos para a criação de políticas públicas inclusivas. Quando sairemos de nossos castelos para fazer valer nossos direitos, independente de episódios individuais? Vamos continuar nos indignando, porém deixando a barbárie tomar conta de nossa sociedade? Quando alcançaremos o desenvolvimento?
No mundo do teatro, artistas unidos transformam a realidade em sonho e o sonho em realidade. No mundo real, qualquer um de nós integra o cotidiano de uma sociedade como um artista.
No teatro, como na vida, cada indivíduo representa um papel, seja do bem ou do mal. O interessante é que esse papel, nem sempre sai como manda o figurino ou o que almeja a plateia. Diferentemente do teatro, os diálogos decorados tornam-se palco para questionamentos, uma vez que podem tornar-se falácia, o que me leva a refletir sobre nossa importância como atores sociais e agentes de mudança.
Amartya Sen é claro quando fala em desenvolvimento como liberdade, algo a ser apropriado pela sociedade - a ação individual é essencial, entretanto, a liberdade de ação é condicionada pelas oportunidades sociais, políticas e econômicas. Percebe-se uma complementaridade entre a ação individual e agenciamentos sociais.
Nessa seara, o ético torna-se foco das mobilizações, uma vez que a sociedade não aceita mais os desmandos verificados há tantos anos. O público e o privado em suas características são questionados por diferentes canais, a exemplo das redes sociais. “O que era global e unificador está se tornando complexo e plural”.
Nesse sentido, já estamos pedindo coerência nas ações do homem público e do homem privado, ainda que alguns veículos de comunicação reproduzam espetáculos como forma de ganho.
Enxergamos o social na existência da solidariedade entre os menos favorecidos - o morador de rua que resgata à vida mais uma criança que seria, como tantas outras, impedida de viver.
Assim, questiona-se o papel do estado como promotor do bem-estar e da sociedade nos movimentos de controle e da participação social.
“Liberdade, liberdade abra as asas sobre nós”.

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