CALANGOTANGO não é um blog do mundo virtual. Não é uma opinião, uma personalidade ou uma pessoa. É a diversidade de idéias e mãos que se juntam para fazer cidadania com seriedade e alegria.

Sávio Ximenes Hackradt

30.4.11


Entrevista 10 x 140
Perfil de Westerley Cavalcante -  Mossoró/RN, 39 anos, casado, 02 filhos, acadêmico de Direito, twiteiro, colaborador da revista Papangu, apaixonado pelo Baraúnas e Fluminense.
P- Que tipo de colaboração você dá à revista Papangu?
Westerley – Atualmente, na parte comercial. Juntamente com à amiga Adriana Papangú.
P- Como sobrevive uma revista do tipo da Papangu no mercado editorial do RN?
Westerley – Muito complicado. Devido sua linha editorial independente. Existem muitos percalços. Nada que a retidão na condução da revista não resolva.
P- Porque o curso de Direito?
Westerley – Uma forma macro de análise da nossa sociedade. Bem como uma forma de poder contribuir com quem a sociedade, seja menos excludente.
P- Como pretende exercer a profissão de advogado em Mossoró?
Westerley – Acho que existe um nicho pouco explorado em nossa cidade que diz respeito ao Direito ambiental. Além das questões sociais.
P- Qual sua expectativa sobre o governo da mossoroense Rosalba?
Westerley – Não são das melhores, torço para que esteja errado nosso Estado necessita. Em Mossoró, teve muito embuste e faz de conta.
P- O que Mossoró oferece de melhor ao seu povo?
Westerley – Sua condição geográfica, além de suas riquezas minerais, bem como a coragem de nosso povo para o trabalho.
P- Qual sua expectativa em relação ao governo Dilma?
Westerley – Vejo em Dilma como um perfeccionista. Além do que mais preparada que Lula. Acho que tem tudo para deslachar.
P- Fale de suas paixões pelo Baraúnas de Mossoró e o fluminense do Rio.
Westerley – Adquiridas graças ao meu pai Manoel Ramalho(Chatim). Que sempre levava-me ao estádio. Solte o leão e o fluzão
P- O que é o twitter para você?
Westerley –Uma ferramenta para interagir com diversos segmentos sociais e expressar minha opinião para muitos que não poderia conversar.
P- Quando não está estudando ou trabalhando o que mais gosta de fazer?
Westerley – Família, amigos, bons filmes e como ninguém é de ferro uma farrinha básica acompanhado dos amigos.
*Se você quer conhecer um pouco mais o Westerley Cavalcante converse com ele no Twitter @westwerley1


No Censo de 2010 o Rio Grande do Norte aparece com 3 milhões e 170 mil habitantes. As dez cidades mais populosas são: Natal, com 803.811 habitantes; Mossoró, 259.886; Parnamirim, 202.413; São Gonçalo do Amarante, 87.700; Macaíba, 69.538; Ceará-Mirim, 67.844; Caicó, 62.727; Açu, 53.245; Currais Novos, 42.668, e São José de Mipibu, 39.771.
Natal é a sétima capital nordestina mais populosa, acima apenas de João Pessoa (723.514) e Aracaju (570.937). A capital mais populosa do Nordeste (a terceira maior do país) é Salvador, com 2.675.556 habitantes. Seguem Fortaleza, 2.452.185; Recife, 1.536.934; São Luís, 1.011.943; Maceió, 932.608, e Teresina, 814.439 habitantes.

Marta Salomon - O Estado de S.Paulo
A concessão de aeroportos do País à iniciativa privada vai demorar mais tempo do que o previsto inicialmente pelo ministro Antonio Palocci (Casa Civil). A anunciada privatização de parte da infraestrutura aeroportuária ainda está longe de ter o modelo definido pelo governo, apurou o "Estado", e poderá não ficar restrita às obras e operação de terminais de passageiros. Uma das alternativas em estudo prevê a privatização de estrutura operada atualmente pela Infraero.
Os editais prometidos por Palocci para "os próximos dias" vão tratar inicialmente da contratação de consultores encarregados de preparar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental dos novos negócios. O estudo é apenas uma preliminar da abertura dos novos aeroportos à iniciativa privada.
Pronto os estudos, provavelmente a serem contratados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as propostas de edital para as futuras concessões passarão por aval no governo e serão submetidas à análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
Trata-se de uma corrida contra o tempo. O governo apresentou a privatização como alternativa à conclusão de obras bilionárias em aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. A iniciativa privada assumiria parte dos investimentos estimados em R$ 5,2 bilhões.
Em troca, faturaria com tarifas aeroportuárias e a exploração comercial dos espaços dos aeroportos.
Comparação. A medida de comparação é o aeroporto São Gonçalo do Amarante, em Natal, primeiro exemplo de concessão à iniciativa privada dos terminais de passageiros de aeroportos no Brasil. A decisão de abrir o negócio à iniciativa privada foi tomada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008.
Os resultados dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental só foram entregues pelo BNDES à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em agosto do ano passado.
Dois meses depois, chegaram ao TCU, que analisou a proposta e reajustou em 1.297% - para R$ 51,7 milhões - o valor do lance mínimo para os interessados em construir o terminal de passageiros e operar o aeroporto internacional de Natal.
Mais de três anos depois do anúncio de que o aeroporto de São Gonçalo do Amarante seria objeto de concessão à iniciativa privada, o edital ainda não foi lançado.
O leilão tampouco tem data marcada. Por mais que as novas concessões sigam rito acelerado, previsto pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, não há como queimar a etapa dos estudos prévios e definição dos modelos de negócio.
Na segunda-feira que vem a presidente Dilma Rousseff vai se reunir com o ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria de Aviação Civil, para acertar detalhes do processo. Essa reunião ocorreria ontem, mas foi adiada.

Alessandra Duarte, Bruno Góes e Letícia Lins – O Globo
RIO - Em dez anos, o analfabetismo no país caiu só quatro pontos percentuais. Hoje, há ainda 13,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais, analfabetos, diz o Censo de 2010 divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE. É o equivalente a 9,63% da população nessa faixa etária - no Censo de 2000, esse percentual era de 13,64%. Apesar de ser uma das áreas do país com maior crescimento econômico e aumento de mercado consumidor, o Nordeste continua sendo a região com maior número de analfabetos.
Para pesquisadores, a queda na taxa de analfabetismo tem sido lenta. O próprio presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, afirma que essa taxa "não cai tão rápido". O principal motivo para isso, diz Nunes, é a dificuldade da alfabetização de pessoas mais velhas. Isso é apontado pelo fato de que, à medida que se avança na faixa etária, maior é o percentual de analfabetos. Na faixa de 60 anos ou mais, são 26,5% de analfabetos.
'A queda no analfabetismo não faz curva, é quase uma reta'
A diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, Celi Taffarel, diz que a queda da taxa de analfabetismo devia ter sido de, no mínimo, oito pontos percentuais.
- O Brasil, assim, não alcança a meta prevista pela Unesco, de até 6,7% de analfabetos em 2015 - afirma Mozart Neves Ramos, do movimento Todos Pela Educação. - O problema está no Norte e no Nordeste, com população rural mais velha e analfabeta. A evasão na Educação de Jovens e Adultos é alta.
Professor titular aposentado de educação da UFRGS e consultor da Capes e do CNPq, Alceu Ferraro avalia que a queda de 2010 segue a tendência - lenta - dos Censos nas últimas décadas:
- A queda não faz curva, é quase uma reta. O Brasil tem, até hoje, uma estrutura de latifúndio, que inibe o avanço cultural. Mesmo após ter se tornado urbano, o país manteve essa estrutura porque, nas cidades, manteve a concentração de riqueza, que não deixa o nível escolar e cultural avançar.
O Nordeste está em pior situação. Enquanto no Sudeste os analfabetos são 5,5% e no Sul, 5,1%, no Centro-Oeste são 7,2%; no Norte, 11,2%; e no Nordeste, 19,1% - pior do que o pior percentual de analfabetismo no Sul, aquele das pessoas com 60 anos ou mais (16,6%). De cada dois nordestinos com 60 anos ou mais, um é analfabeto.
O pernambucano Edson Cartaxo, 44 anos, cresceu na Zona da Mata. A avó que o criou achava que para trabalhar na enxada não era preciso leitura. Resultado: Edson nunca sentou num banco escolar e não sabe nem assinar o nome. Até hoje não teve carteira assinada. Todo dia, anda com sua carroça de materiais reciclados em Recife:
- Das 6h até a hora que sabe Deus quando.
- O analfabetismo começa a aparecer como uma questão nordestina no Censo de 1920 - diz Alceu Ferraro. - Isso foi fruto da perda da importância política e econômica do Nordeste. A volta de seu crescimento econômico pode melhorar seu nível de alfabetização, mas o efeito não será tão imediato.



A barragem Armando Ribeiro Gonçalves sangrou ontem por volta das 11:30 horas e está proporcionando a todos o sentimento do espetáculo das águas e a preocupação com a inundação que pode provocar no Vale do Assu. O estado já é de alerta na região.
O nível de água ainda não provocou prejuízos à população, mas é possível que o aumento do nível do rio Piranhas inunde algumas residências da região da Várzea do Vale do Assu.
A Barragem Armando Ribeiro Gonçalves foi construída pelo Dnocs, com capacidade de armazenar 2,4 bilhões de metros cúbicos.
Está localizada no Rio Piranhas (também chamado Rio Assu), a 6 km da montante da cidade de Assu.

Este sábado é o Dia “D” de Vacinação contra a Influenza em Natal. A campanha é direcionada para a população acima de 60 anos e aos grupos de crianças de 6 meses a menores de 2 anos, de gestantes e de profissionais da saúde.
A ação faz parte da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza 2011, que começou na última segunda (25) e segue até o dia 13 de maio nas unidades de saúde.
Ao todo, serão 130 postos fixos e 5 volantes montados para a mobilização, das 8h às 17h. Somente os postos de vacinação dos supermercados Nordestão e Carrefour da Zona Norte não estarão funcionando no sábado.
Em Natal, a população dentro da previsão para ser vacinada é de 111.928 pessoas e a meta é vacinar pelo menos 80%, ou seja, 89.542 pessoas.

Professores e servidores da rede pública estadual entram em greve por tempo indeterminado na próxima segunda-feira. A decisão foi tomada em assembleia pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN. Os 19 mil professores ativos questionam que seus salários estão defasados e que o Estado não está cumprindo a legislação nacional que institui o piso salarial do professor, nem o Plano de Cargos, Carreira e Salários do Estado.
De acordo com o Sindicato, o salário de um professor em início de carreira ano Rio Grande do Norte, é de R$ 739,00. O cumprimento da tabela que trata dos vencimentos da categoria elevaria esse piso para R$ 1.759,50 podendo chegar a R$ 3.519,00 de um professor com doutorado, por exemplo.
O governo do RN está pedindo ao Sindicato dos Professores pedindo um prazo de 120 dias para que possa encontrar soluções para a implantação do piso nacional.
Segundo a secretária Estadual de Educação, Betânia Ramalho, o Governo do Estado acha a reivindicação dos professores legítima, mas há impedimentos jurídicos e orçamentários que impedem a administração estadual conceda os reajustes proposto de imediato. “Todos os estados do país estão com dificuldade de implantar o piso nacional. Semana que vem, acompanharei a Governadora em uma audiência com o Ministro da Educação, para também tratar desse assunto”.

29.4.11


O Brasil tem 190.755.799 habitantes. É o que constata a Sinopse do Censo Demográfico 2010, que contém os primeiros resultados definitivos do XII Recenseamento Geral do Brasil.
Informações do site do IBGE
Segundo o Censo Demográfico 2010, há no Brasil uma relação de 96,0 homens para cada 100 mulheres, como resultado de um excedente de 3.941.819 mulheres em relação ao número total de homens. Com este resultado, acentuou-se a tendência histórica de predominância feminina na população do Brasil, já que em 2000 o indicador era de 96,9 homens para cada 100 mulheres.
No Censo Demográfico 2010 foram pesquisados 5.565 municípios, que tiveram sua participação relativa nas regiões Nordeste (32,2%), Sudeste (30,0%) e Norte (8,1%) inferior àquela calculada com os 5.507 municípios existentes no Censo Demográfico 2000. As Regiões Sul (21,3%) e Centro-Oeste (8,4%) aumentaram suas participações no número de municípios do País, já que na última década foram justamente essas regiões as mais contempladas com novos municípios.
Os recenseadores visitaram 67,5 milhões de domicílios no período de 1º de agosto a 31 de outubro de 2010 e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os moradores de cada residência.
Do total dos 67,5 milhões de domicílios recenseados, foram realizadas entrevistas em 56,5 milhões de domicílios (83,7%). Foram classificados como fechados 899 mil domicílios (1,3%), nos quais não foi possível realizar as entrevistas, mas havia evidências de que existiam moradores.
As regiões mais populosas foram a Sudeste (com 42,1% da população brasileira), Nordeste (27,8%) e Sul (14,4%). Norte (8,3%) e Centro-Oeste (7,4%) continuam aumentando a representatividade no crescimento populacional, enquanto as demais regiões mantêm a tendência histórica de declínio em sua participação nacional.
As capitais das regiões Norte e Nordeste cresceram mais que os demais municípios de suas respectivas Unidades da Federação, com exceção do Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
A publicação completa do Censo pode ser acessada na página


Em entrevista ao Blog de Walter Sorrentino, o presidente do Comitê Municipal do PCdoB em Mossoró, Gutemberg Dias, fala sobre a experiência em uma revista de política, cultura e humor, a Papangu.
Gutenberg, acho incrível Papangu, já no número 68. Um achado! Como tudo começou?
A Revista Papangu foi um sonho, que virou realidade, do amigo chargista Tulio Ratto. Ele é o idealizador e mentor intelectual dessa revista que considero a única do gênero editado no Brasil. A revista teve sua primeira edição no ano de 2004. Uma característica da revista, além do humor, é a sátira política. Numa classe política tão ciosa, tão conservadora como a potiguar – e talvez a mossoroense, em particular —, digamos, ajudou bastante na consolidação da Papangu.
Mossoró tem tradição cultural forte, não é assim? Como isso influenciou a iniciativa de Papangu?
Existe muita propaganda enganosa quanto ao nosso quadro cultural. E isso daria um trabalho enorme de explicar. Com 69 números da Papangu ainda não conseguimos esse feito. Todo mês tem algo novo do velho hábito governamental: mentir e enganar. Quanto as influências, tudo começou como uma brincadeira. Túlio Ratto diz que viu uma publicação daquelas “reiêras” (fraquinhas), aí disse: ‘Pô, se isso aqui consegue leitor, por que uma coisa mais estilizada, mais trabalhada, mais cuidada, não pode dar certo?’ Foi aí que a Papangu nasceu. Sem muita pretensão. Entretanto, no terceiro número, quando os figurões da política potiguar desfilavam nas páginas da publicação e já se sentiam incomodados, Túlio diz que viu que o negócio era sério. Era para fazer rir também, mas era sério.
Difícil fazer uma revista dessas? Matar um leão por dia? Como ela se financia?
Fazer a Papangu é um desafio diário. Lançamos um número e no dia seguinte já iniciamos a produção da próxima edição. Como temos matérias que buscam discutir temas relevantes é necessário que a jornalista responsável desenvolva um trabalho de pesquisa que consiga levar o máximo de informação ao leitor e isso dá um trabalho enorme. O fechamento da edição é o momento de maior pressão, como temos vários colaboradores, precisamos receber todo o material para ser revisado e diagramado com certa antecedência, como sempre temos alguns retardatários (sempre estou nesse grupo!) que deixam para a última hora e o “cafofo da Papangu” vira uma loucura.
Além das dificuldades de produção, temos uma que impacta decisivamente na revista, a questão do financiamento. Atualmente a revista tem o apoio da Lei Câmara Cascudo, que disponibiliza recursos advindos do recolhimento de ICMS, esse incentivo é atrelado a captação de financiadores que precisam entrar com uma contrapartida. Como o apoio da lei por se só não paga todos os custos de produção, também, buscamos financiamento a partir da venda de espaços publicitários. No geral, como disse você na pergunta, temos que matar um leão por dia para que a revista continue viva e levando cultura, irreverência,saber e muita sátira-política aos leitores.

Sérgio Ramalho – O Globo
RIO - A adolescente F., de 13 anos, cresceu em um ambiente marcado pela violência. Sem conhecer o pai, assistia à mãe sofrer agressões do avô alcoólatra até que, numa madrugada, virou alvo da brutalidade dele. Bêbado, ele a estuprou. No ano passado, outras 2.006 meninas, com menos de 14 anos, foram vítimas de violência sexual no estado, vivendo drama semelhante. O número representa 53,5% dos 3.751 casos de estupro de mulheres no período.
Os dados fazem parte do Dossiê Mulher, elaborado por pesquisadores do Instituto de Segurança Pública (ISP), que será divulgado nesta sexta-feira. A sexta edição do relatório compara estatísticas de 2009 e 2010 relativas à violência contra pessoas do sexo feminino. Às vésperas do Dia Nacional da Mulher, que será comemorado no sábado, o documento traduz em números o tamanho do desrespeito à mulher. Os registros de estupro cresceram 25% entre 2009 e 2010: passaram de 4.120 para 4.589. Embora 81,2% das vítimas desse tipo de crime sejam mulheres, 18,8% são crianças e adolescentes do sexo masculino. Do universo de mulheres estupradas, mais da metade é formada por crianças e adolescentes com menos de 14 anos. O dossiê traz ainda dados sobre crimes de lesão corporal dolosa, homicídio doloso (quando há intenção de matar) e ameaça.

Nos dias 28 e 29 de Abril, o Projeto Cinema na Escola realiza em Natal a Mostra Internacional do Filme Etnográfico, no IFRN. A mostra é um festival de cinema consagrado ao documentário etnográfico realizado no Rio de Janeiro desde 1993 e esse ano será realizado em Natal.
A Mostra é um evento voltado para o diálogo do cinema com a antropologia e se propõe a ser uma vitrine da produção nacional e internacional do gênero, apresentando tanto filmes clássicos, em retrospectivas, quanto lançamentos, de curta, média e longa-metragem. Durante vários anos a Mostra experimentou projetos de itinerâncias, tanto na cidade do Rio de Janeiro como em outros Estados. A Mostra do Filme Etnográfica também já percorreu o exterior, durante o 1º Festival de Filmes Etnográficos de Delhi, na Índia.
O evento contará com a presença de Patrícia Monte-Mór, especialista em antropologia visual e o cineasta José Inácio Parente, produtores e organizadores da mostra. Eles participarão de palestras e debates sobre o uso da imagem nos processos educativos e na antropologia, bem como a produção audiovisual focado na história e na cultura local, tendo como foco o documentário.
A Mostra Internacional do Filme Etnográfico acontecerá no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRN (Campus Central), nos turnos da manhã, tarde e noite, com entrada gratuita. O evento é promovido pelo Projeto Cinema na Escola – realizado pelo Centro de Documentação e Comunicação Popular – CECOP e a Secretaria Estadual de Educação e Cultura do RN.
Em 2011, o Projeto Cinema na Escola conta com a parceria do Banco do Nordeste, através do Programa BNB de Cultura nas mostras de Natal e Currais Novos.

O Café Salão integra Circuito Cultural Ribeira, neste domingo, 1º de Maio. A programação do Nalva Melo tem início às 15h e inclui bazar, com diversos expositores, música – com Vonrock – e exibição do filme Orfeu Negro. A entrada é franca.

28.4.11


Os representantes e instituições que formam o movimento “Combustível Mais Barato Já”, que protesta pela redução dos preços de combustíveis emitiu uma nota oficial nesta quarta-feira afirmando que o movimento de boicote aos postos de combustíveis seguirá nos próximos dias.
Confira a íntegra da Nota
"O movimento #COMBUSTÍVELMAISBARATOJÁ, promovido pelo Ministério Público do Consumidor, OAB/RN, PROCON/RN, PROCON/Natal, Câmara Municipal do Natal, CUT, Sindjorn, Sinsenat, Sindbuggy, DCE da Faculdade Estácio de Sá, DCE da FARN, DCE da Faculdade Mauricio de Nassau, DCE da UNP, @GasolinaRN, @BoicoteRN e sociedade civil, vem a público informar que a campanha de boicote aos altos preços dos combustíveis em Natal segue firme em seu objetivo de defender preços mais justos na comercialização da gasolina na capital potiguar.
O movimento, fruto da insatisfação da sociedade diante dos constantes aumentos nos preços dos combustíveis em Natal, prova que a tolerância da população frente a esse excesso chegou ao seu limite.
Graças à adesão massiva do natalense ao boicote, bem como ao envolvimento voluntário das diversas entidades e representações, a campanha vem galgando importantes conquistas e avançando em seus propósitos. Reflexo disso é a variação registrada no preço da gasolina nos postos de Natal.
A participação da sociedade na campanha, orientada pelos pressupostos do movimento, é responsável ainda pela redução da procura pelos postos BR e postos situados às margens das avenidas Hermes da Fonseca, Prudente de Morais e Roberto Freire, corredores alvos do boicote.
Os resultados atingidos até agora refletem o empenho e engajamento da população frente a um compromisso de honra firmado entre aqueles que lutam por seus valores e ideais. E é com este sentimento que daremos continuidade à campanha, sem fugir aos nossos princípios, em busca dos objetivos defendidos pelo movimento.
A participação da sociedade é imprescindível para o sucesso da campanha. Se você ainda não aderiu ao movimento, junte-se à nossa causa: não abasteça seu veículo nos postos de gasolina situados nas avenidas Hermes da Fonseca, Prudente de Morais e Roberto Freire. Procure pelos menores preços fora destes corredores.
O boicote aos altos preços é um instrumento legítimo de protesto e esta causa será levada adiante até que sejam alcançados preços mais justos nos combustíveis comercializados em Natal.
Ressaltamos que o movimento #COMBUSTÍVELMAISBARATOJÁ é pacífico e repudia qualquer ato de violência, vandalismo ou intimidação.
“Lembre-se! Boicote os corredores e procure o menor preço!”

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deve garantir isenção de mensalidade aos alunos dos cursos de especialização que comprovem insuficiência econômica para arcar com o referido custo. Esse é o objetivo da recomendação da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC/RN), enviada em 15 de abril à universidade.
A recomendação tem como base o entendimento do Tribunal Regional Federal da 5ª Região acerca do assunto. De acordo com o TRF-5, apesar de não competir ao Judiciário autorizar ou proibir a cobrança de mensalidades nos cursos de especialização lato sensu oferecidos por instituições públicas, deve-se garantir a gratuidade do ensino pelo menos àqueles que não possuem condições financeiras, em respeito ao princípio da isonomia.
Para o procurador regional dos direitos do cidadão Ronaldo Sérgio Chaves Fernandes, “a educação é direito de todos e dever do Estado, como preconiza a Constituição Federal. A UFRN deve tomar providências para garantir a gratuidade do ensino, nos cursos de pós-graduação lato sensu (especialização), aos alunos sem condições financeiras, sob pena de adoção das medidas judiciais cabíveis”, acrescenta o procurador.
A UFRN terá 20 dias, a partir do recebimento da recomendação, para informar as providências adotadas.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no RN

País quer construir mais quatro usinas nucleares, mas não sabe o que fazer com resíduos radioativos
Karina Ninni - O Estado de S. Paulo
A usina nuclear de Angra 1, no litoral do Rio, entrou em operação há 26 anos e a de Angra 2, há 9. O governo pretende inaugurar Angra 3 em 2015 e já concluiu estudos para a construção de mais quatro usinas, duas no Nordeste e duas no Sudeste. Mas ainda não sabe o que fazer com seu lixo nuclear, que permanece radioativo por cerca de 300 anos.
“Existem algumas soluções, só que não temos a garantia de que sejam suficientes a longo prazo”, diz Ricardo Baitelo, engenheiro e coordenador de energia do Greenpeace. “O custo de construir os depósitos não está incluído nas tarifas da energia de Angra 1 e 2, mas teremos de pagar por ele de alguma forma.”
A geração de energia por fissão nuclear deixa dois tipos de resíduo: os de baixa e média radioatividade e os de alta. Por enquanto, o Brasil estoca tudo em depósitos (lixo de baixa e média) e piscinas (alta) nos prédios das usinas de Angra 1 e 2.
Como condicionante para a licença de operação de Angra 3, o Ibama estipulou que o País deve iniciar o processo de licenciamento de um depósito definitivo de resíduos de média e baixa radioatividade e apresentar o projeto de um depósito de resíduos de alta radioatividade.
Este último é o nó da questão, embora especialistas afirmem que o Brasil pode esperar cerca de 30 anos até definir uma solução. O governo parece se inclinar por uma saída intermediária. “Ainda não decidimos se vamos comprar serviços de reprocessamento ou se vamos tratar o combustível como rejeito radioativo e estocá-lo do jeito que está”, diz Laércio Vinhas, diretor de Segurança da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão federal que supervisiona o setor nuclear. “A Eletronuclear (estatal que constrói e opera usinas) e a CNEN estão fazendo um projeto de depósito de resíduo de alta no Brasil, mas ainda não é o definitivo. É um lugar onde os elementos combustíveis poderiam ficar por 200, 300 anos até que as novas gerações decidam o que querem fazer: tratá-los como rejeito ou reprocessar.” A previsão é de que esse depósito intermediário esteja operando em 2026.

Representante ataca conferência de doadores para novo sarcófago e alerta sobre novos investimentos nucleares
Benjamin Bidder, Der Spiegel - O Estado de S.Paulo
Tobias Münchmeyer, especialista do Greenpeace em energia atômica
A comunidade global prometeu meio bilhão de euros na conferência de doadores em Kiev, na Ucrânia, para um novo sarcófago que recobrirá as ruínas do reator nuclear em Chernobyl. Tobias Münchmeyer, especialista em energia nuclear do Greenpeace, argumenta que a conferência é apenas o começo. Os perigos de Chernobyl, cujo desastre completa amanhã 25 anos, persistirão por milhares de anos.
A União Europeia e governos de todo o mundo prometeram 550 milhões (US$ 797 milhões) para Chernobyl. A conferência teve êxito?
Esse é um evento esquizofrênico. Por um lado, conseguiu fazer com que a comunidade internacional doasse dinheiro para uma segunda proteção para o reator devastado. Ao mesmo tempo, porém, as pessoas estão fazendo vista grossa para as verdadeiras raízes da catástrofe: a energia nuclear.
Chernobyl está localizada a apenas 90 quilômetros de Kiev, mas aqui se ouve constantemente que precisamos apoiar a energia atômica, que ela é absolutamente segura. É um paradoxo. O mundo está injetando centenas de milhões de euros na Ucrânia para eliminar as consequências de Chernobyl. Ao mesmo tempo, Kiev quer expandir sua indústria nuclear e o Ocidente está capacitando o governo ucraniano a fazê-lo. Precisamos tirar lições de Chernobyl. É trágico que, 25 anos depois, tenhamos um novo desastre com o reator nuclear em Fukushima. A questão é a seguinte: quantos Chernobyl o mundo ainda pode suportar?

Folha de São Paulo com France Presse
Se você já se martirizou por não saber onde guardou as chaves ou os óculos, e acha que é distraído ou esquecido demais, pense melhor: isto pode ser apenas um sinal de que está precisando dormir.
Esta é a conclusão de um estudo feito com camundongos, que sugere que o cérebro cansado pode adormecer por uma fração de segundo, mesmo que esteja funcionando ativamente.
As consequências disto são grandes, principalmente para pessoas executando tarefas para as quais a falta de sono pode ser perigosa, alertam os autores da pesquisa.
"Mesmo antes que você sinta a fadiga, há sinais no cérebro de que você deveria interromper certas atividades que exijam um estado alerta", explica Chiara Cirelli, professora de psiquiatria da Universidade de Wisconsin, em Madison.
"Grupos específicos de neurônios podem adormecer, com consequências negativas para a performance da atividade", acrescentou.
O estudo, publicado na revista britânica "Nature", desafia o senso comum de que a falta de sono afeta o cérebro inteiro.

Folha de São Paulo
A Apple declarou que vai modificar a forma como dados de localização dos clientes via Wi-Fi no iPhone e iPad são armazenados, após a polêmica sobre o tema ter eclodido nos jornais do mundo na semana passada. Mas a companhia negou estar rastreando os dados de usuários.
As informações foram colocadas em um comunicado no blog oficial da Apple nesta quarta-feira, e divulgadas pelo site do jornal "The New York Times".
Na semana passada, dois pesquisadores descobriram um arquivo dos principais dispositivos móveis da companhia, que aparentemente trazia os dados de localização visitados por usuários nos últimos 12 meses. O fato trouxe a suspeita sobre se a Apple estava rastreando os usuários.
No comunicado, a companhia declarou que o arquivo é usado para "uma base de dados de pontos de Wi-Fi e torres de celular em torno da atual localização [do usuário]"que supostamente seriam usadas para ajudar na precisão de geolocalização de um dispositivo móvel.
A companhia assumiu um equívoco. De acordo com a Apple, ele ocorreu devido a uma falha do programa, cujo resultado foi o armazenamento de dados durante um longo período. A empresa de Steve Jobs também prometeu consertar isso com uma atualização de software.
"Não achamos que o iPhone precisa armazenar mais do que sete dias desses dados", declarou a fabricante.
Ainda segundo a Apple, um defeito de software impede que os dados coletados sejam apagados --outro problema que promete resolver o mais rápido possível.
A empresa também negou que pudesse localizar usuários por intermédio do acesso ao arquivo do telefone (a informação, segundo diz o texto, seria enviada de forma anônima e codificada à companhia).
De acordo com o "NYT", o comunicado também traz à tona a possibilidade de planos de produto para o futuro. "A companhia disse que estava coletando tráfego de dados com telefones e tablets a fim de construir uma base de dados de tráfego a partir das próprias experiências do usuário", diz o jornal.

27.4.11


Apresentação ocorreu em evento da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA)
Site do Ibope
A gerente de inteligência de mercado do IBOPE Mídia, Juliana Sawaia, apresentou nesta terça-feira, 26 de abril, a palestra Gerações Y e Z: Juventude Digital, no Fórum de Relações com o Consumidor, promovido pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) e realizado no Centro Britânico, em São Paulo.

A maturidade é marca registrada da geração Z. A ansiedade da Y.Conheça os  hábitos e os comportamentos dessas gerações apresentados por Juliana Sawaia.
Clique aqui para acessar a apresentação.

Buscando influenciar nos destinos da Copa do Mundo 2014, o Comitê Popular da Copa, em Natal, lançado em 15 de abril de 2011, irá monitorar as ações públicas e privadas relacionadas ao evento, em todo o processo de planejamento e realização das ações, acompanhando o cumprimento e a efetivação dos Direitos Humanos e dos princípios democráticos assegurados na Constituição Federal Brasileira. A ideia é garantir o respeito aos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais dos cidadãos natalenses, possibilitando um legado positivo para a cidade.
Para dar visibilidade, aproximar o cidadão deste grandioso evento e permitir que ele mesmo possa ser um fiscal, acompanhando e cobrando ações das instâncias responsáveis, foi disponibilizado um espaço para a criação do blog De Olho na Cidade da Copa, no Portal de Meio Ambiente da UFRN.
No momento do lançamento integram o Comitê Popular da Copa: a Assembléia Popular, Comitê 9840, Coletivo Leila Diniz, Fundação Fé Y Alegria, Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP), UFRN, Arquidiocese de Natal, Associação dos Trabalhadores no Transporte Opcional do RN, MLB, SPVA/RN, Ipejuc, Ileaô, Centro de Cultura da Vila de Ponta Negra.
Equipe DMA Comunica e Comitê Popular da Copa 2014.

A Campanha de Entrega Voluntária de Armas de Fogo (CEVAM) será lançada no Rio Grande do Norte na próxima segunda-feira, 02 de maio, em dois eventos. A partir das 14h, no Salão de Eventos Dep. Álvaro Dias, na Assembléia Legislativa do RN, com a presença do sociólogo Antonio Rangel Bandeira, do Viva Rio (Coordenador da Campanha) e do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
À noite, a partir das 19h, será realizado um Seminário com Antonio Rangel, para os participantes dos programas de extensão da UFRN voltados para os Direitos Humanos e Cidadania ,no NEPSA do CCSA, no Campus da UFRN.
Além do lançamento da CEVAM, os eventos marcarão a reativação do Comitê Potiguar pelo Desarmamento. Entre 2004 e 2005, durante a Campanha de Desarmamento realizada pelo Governo Federal, quase 450 mil armas saíram de circulação e o resultado foi a queda da taxa de homicídios pela primeira vez em 13 anos.
Quem entregar sua arma, que pode ser legalizada ou não, receberá um “termo de entrega”, que garante o recebimento de uma indenização que varia entre R$ 100,00 e R$ 300,00, dependendo do modelo da arma.

A relatora especial da ONU para a Moradia Adequada, Raquel Rolnik, visitou o país e constatou uma série de irregularidades nos processos de despejo dos moradores aonde serão realizadas as principais obras
Redação Época, Com Agência EFE
A relatora especial da ONU para a Moradia Adequada, Raquel Rolnik, acusou nesta terça-feira (26) as autoridades de várias cidades-sede da Copa do Mundo e o Rio de Janeiro, que receberá as Olimpíadas, de violar os direitos humanos ao praticar desalojamentos e deslocamentos forçados de pessoas em regiões em que serão realizadas as obras dos dois eventos. 

"Estou particularmente preocupada com o que parece ser um padrão de atuação, de falta de transparência e de consulta, de falta de diálogo, de falta de negociação justa e de participação das comunidades afetadas em processos de desalojamentos executados ou planejados em conexão com a Copa e os Jogos Olímpicos", afirmou. 

Raquel verificou tais casos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Natal e Fortaleza. Segundo ela, os moradores têm sido despejados de casa sem que lhes seja dado tempo de propor e discutir alternativas, e muitos acabam sendo enviados a regiões da cidade em que a infraestrutura é precária - não há transporte público e a qualidade de vida é menor que a registrada aonde moravam. 

"Foi dada insuficiente atenção ao acesso às infraestruturas, serviços e meios de subsistência nos lugares onde essas pessoas foram realojadas", disse Raquel. 

"Também estou muito preocupada com a pouca compensação oferecida às comunidades afetadas, o que é ainda mais grave dado o aumento do valor dos terrenos nos lugares onde se construirá para estes eventos", afirmou a relatora. 

O exemplo mais representativo para Raquel Rolnik é o de São Paulo, cidade em que "milhares de famílias já foram evacuadas por conta do projeto conhecido como 'Água Espraiada', onde outras dez mil estão enfrentando o mesmo destino". Na capital paulista, o preço pago aos desalojados pelo terreno é bastante inferior ao preço que se espera da valorização com a construção das principais obras. 

"Com a atual falta de diálogo, negociação e participação genuína na elaboração e implementação dos projetos para a Copa e as Olimpíadas, as autoridades de todos os níveis deveriam parar os desalojamentos planejados até que o diálogo e a negociação possam ser assegurados", disse. 

Além disso, a relatora solicitou ao Governo Federal que adote um "Plano de Legado" para garantir que os eventos esportivos tenham um impacto social e ambiental positivo e que sejam evitadas as violações dos direitos humanos, incluindo o direito a um alojamento digno. 

"Isto é um requerimento fundamental para garantir que estes dois megaeventos promovam o respeito pelos direitos humanos e deixam um legado positivo no Brasil", afirmou Raquel.

26.4.11





Carta de Moayr Gomes da Costa - Arquiteto do Machdão
Querido irmão Carlos:
          Li emocionado seu texto sob o título “RÉQUIEM PARA UM ESTÁDIO”, no qual, mais uma vez me oferece seu ombro amigo para mitigar as inevitáveis dores do existir. Por mera carência intelectual, permita-me lembrar os “Versos íntimos” de Augusto dos Anjos, como forma de  lhe agradecer tão generosa e oportuna solidariedade, uma vez que, em minha opinião, ninguém conseguiu pintar com tanto realismo a verdadeira natureza humana, quanto aquele grande vate paraibano.
O  quadro que você expôs em prosa, teve a força de impacto da Guernica de Picasso.Estou certo que a maior parte das pessoas lúcidas e sensatas desta comunidade repudiam esta ignomínia que estão praticando contra o povo potiguar, justamente através das pessoas que o povo elegeu para governá-lo, só que não podem se manifestar publicamente, por temor às possíveis represálias do  “sistema”.
Neste final das comemorações da Páscoa, é lamentável ter que reconhecer que os exemplos de Cristo, pouco sensibilizaram os humanos, que, cada vez mais se tornam predadores de si mesmos. Tudo que pude dizer sobre essa bandalheira da Copa 2014, já foi dito, como advertência, e de nada serviu, só restando agora esperar o milagre do tal “legado”prometido.
 Ao afastar-me da luta desigual, registro com indignação, que esse assalto ao erário e ao patrimônio público, planejado  e anunciado há muito tempo, iniciado por governo com extensa lista de improbidades denunciadas e investigadas, veio a tornar-se, por similaridade, uma espécie de latrocínio, na acepção do termo, vez que resultará em morte por destruição perversa e desnecessária de creche, ginásio, estádio, enfim, equipamentos de serventia pública, para educação, esporte e lazer. que de algum modo, representam forma indireta de valorização, educação e eugenia de vidas humanas.
          Já foi dito muitas vezes, que esse malfadado elefante branco, poderia ter sido  programado para outro lugar mais adequado, poupando o que já existe e que custou o dinheiro do povo, já que somos pobres e não podemos admitir desperdício.
          Mas o que vem prevalecendo na mentalidade doentia dos governantes atuais é a perversidade e a morbidez de uma engenharia de destruição e vandalismo gratuito, ou quem sabe, a prevalência da tese, “quanto maior a caça mais nacos da carniça para satisfazer a gula pantagruélica dos abutres”.
          Ironicamente, há poucos meses atrás, essa engenharia acariciava a idéia de conservar o patrimônio,e agora avoca o direito de  ser seu principal algoz, e aí, diz Augusto dos Anjos “a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Dia virá em que o povo encerrará a carreira das nefastas oligarquias que vem nos empobrecendo  nos últimos 50 anos.
         Para mim, aquele local outrora sacralizado pela única missa aqui rezada pelo Santo João Paulo II, passará a ser, dos escombros, apenas o “ tumulo  do formidável enterro de minha ultima quimera”.  
         Do irmão e amigo Moacyr
Em Natal, madrugada de 25 /04/2011

Artigo


Carlos Roberto de Miranda Gomes – escritor
Sob o impacto da manchete de O Jornal de Hoje, edição de 23/24 deste abril: “O último suspiro”, já recolhido à meditação da Semana Santa, ainda mais voltei no tempo e me deparei com o desamor, com a insensatez e com a falta de vontade política para atender às necessidades do povo, que ainda persiste nestas plagas de Poti.
A imprensa vem alardeando o fechamento de hospitais infantis em Natal e Parnamirim, a falta de medicamentos, a insegurança, escola caindo, ruas alagadas, transporte precário, ganância de alguns postos de combustíveis, falta de fiscalização, constatação do caos nos hospitais e estabelecimentos prisionais, estradas e ruas esburacadas. Ao reverso, os políticos especulam o próximo titular da Prefeitura de Natal, os burocratas que já atuaram ou atuam nos palcos da província, sem nada de novo, sem proposta e sem projetos públicos estruturantes, mas apenas os da sobrevivência das oligarquias.
Enquanto isso acontece, são contadas as horas da demolição de um bem público que somou grandes feitos, que alegrou a população mais desprovida de recursos, que ofertou momentos de glória.
Num passe de mágica, tudo isso é passado, não o passado que fica, mas o que se esquece. Alguns cronistas especializados registram o fato como algo comum – Machadão com dias contados - e até relacionam minúsculos acontecimentos negativos como brigas, suicídios, crimes ou quedas fatais em simetria com conquistas. Mas apontam lenitivos - a destruição é sem implosão para não incomodar os vizinhos. Já se comenta como ex-colosso.
Há uma canção que retrata bem esse episódio: “Nossa história acabou, sem um aplauso sequer, quando o pano baixou, uma cena banal, mas um ponto final”.
Sim, o Machadão vai ao chão, foi condenado sem nenhuma defesa, a não ser o grito de um vetusto arquiteto que o concebeu e o apoio de poucos amigos. Os órgãos públicos pouco fizeram; audiências frustradas por orquestrações exóticas, inúteis – somente para seguir o figurino.
Muitos pais e mães se apresentaram para a nova Arena do Futebol, chamada das Dunas e até usaram como argumentos de campanha política. Esqueceram-se, porém, que, de certa forma condenaram o próprio esporte bretão. O América e o Alecrim ameaçam licenciamento, e será que o ABC terá como sobreviver sozinho?
Não sei realmente, mas pressinto que alguma coisa de ruim vai acontecer e justifico: primeiro um julgador declarou improcedente ação do Ministério Público porque entre o tempo do ajuizamento e o seu julgamento o megalomaníaco projeto foi modificado – não mais atingiria outras áreas (o Centro Administrativo, por exemplo), mas somente os Estádios Machadão e Machadinho, sem atentar que o questionamento era em razão da ilegalidade da contratação, sem licitação, para um projeto que não existia e sim uma simples maquete. Mesmo assim o prazo de recurso foi perdido. Aliás, tudo começou com um parecer de um jurista do Estado, que hoje está no píncaro da glória.
Depois disso, dirigentes declararam que a FIFA e a CBF não condicionam, necessariamente, a realização da copa em Natal à complementação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante e de obras de mobilidade urbana. Em outras palavras, em relação a isso podemos mesmo continuar na “m”.
E se a coisa der errado, quem vai assumir? Qual o discurso já preparado para o insucesso? E o povo vai deixar impunes esses visionários?
Vão aprendendo logo a música de Chico Buarque sobre o destino da Geni.
Enquanto isso, constrangidamente faço o meu “Réquiem para um Estádio”:

Um dia, numa tarde - a grande festa.
A cidade se engalanava, em fantasia.
O povo, na sua incontida alegria,
Fazia um coro, como uma grande orquestra.

O tempo passa, a festa acaba – desilusão.
Momentos lúdicos ficam pra traz, sem constrangimento.
O povo, na sua infinita letargia, aplaudirá novo momento,
Da cruel, incontornável e definitiva demolição.

Não há certeza, se por algum milagre,
Um novo poema de concreto surja na cidade.
Se o povo, em dia de alegria, ainda poderá sentir,
O sabor de um gol perfeito de um Alberi.
_________________
Fonte: Blog DO MIRANDA GOMES

25.4.11


Neste últimos dias deu-se o auge do FEBEAPA, nunca se falou tanta bobagem de uma só vez em Natal.
Artigo
Moacir Gomes da Costa – Arquiteto
O secretário dos esportes da Prefeitura, que se diz candidato a “gerir” o Arena das Dunas, para fazer até 60 shows internacionais por ano, botando Los Angeles prá trás, acreditando em mobilidade urbana de Natal como exemplo para o Brasil, e que, para tanto, está sendo concluído um estudo de desapropriação de 490 a 550 casas. Imagine-se que, só ali em Potilandia, Lagoa Nova e Candelária, deverão ser “confiscadas” pelos menos umas 100 casas, e ou prédios comerciais, para fazer o tal túnel entre a Av, Cap-mór Gouveia e o anel viário do Campus, mas, por certo as 500 pessoas desalojadas poderão morar ali bem em frente sob o viaduto.
Natal virou o mundo de Disney, mágicos, saltimbancos e duendes. Dizendo o contrário, vem o outro, da Secopa e diz, jogando a peteca para a Prefeitura, se esta não sanar suas pendências, mesmo sem as obras de mobilidade, o governo do Estado garante que tá dentro da Copa. Há dois anos que se ouve essa enrolada, tá dentro, tá fora, tá dentro... Aliás esse mesmo secretário já disse que a Arena das Dunas vai ser para shows, e só eventualmente servirá para futebol (Naturalmente se Messi e Cristiano Ronaldo descobrirem Natal). Se é assim, por que não construir a arena da Copa em Ponta Negra, que é o bairro dos turistas, deixando o Machadão a cumprir sua missão? Qual o argumento técnico, urbanístico, econômico e ambiental que justifica a obrigatoriedade de derrubar um bem público existente, para construir outro muitas vezes mais caro no mesmo lugar?
Outro secretário confessa falta de recursos para o prolongamento da Av. Prudente de Morais, mas, resumindo, mobilidade urbana e aeroportos, que eram as palavras – chave para justificar o “LEGADO”, agora são coadjuvantes, apenas a Arena das Dunas é condição sine qua non. Aposto que os apaniguados do governo entendem mobilidade urbana como um substantivo abstrato.
Outro cortesão afirma: “Herança de Carlos Eduardo na Urbana por inviabilizar Copa”. É muita desfaçatez, pois, sem pretender defender ou julgar a administração do ex-prefeito, a bem da verdade, afirmo que foi ele quem garantiu o convite a Natal, quando enviou à CBF um documento imprescindível em 31/05/2007. Todavia, foi aquela autoridade posteriormente traída quando, juntamente com a então governadora do Estado, em novembro de 2008 assinou enganado por esta, o compromisso final junto à CBF/FIFA. Em conseqüência foi banido da Copa. E ai começou a bandalheira. TODOS, TODOS mesmo sabem disso, mas, ninguém tem coragem de dizer. Diante do rolo compressor da estupidez junto à corrupção, prevalece a lei do sliêncio.
Finalmente, a Governadora dá o “Grito do Ipiranga” o RN vai começar sua grande obra redentora concorrendo à medalha de ouro do EXTERMÍNIO, iniciado com a creche. E agora José, vocês “desportistas” do RN, que não usaram a força de suas torcidas para evitar o “desmanche”, vão jogar aonde, que tal o estadinho João Câmara lá das Rocas, basta que lhe seja dado o pomposo nome de “Arena do Vanvão”, como todo respeito ao grande homeme que foi João Severiano da Câmara.
Humor negro à parte, não existe problema, a solução para o futebol está na caqra, basta fazer a Área das Dunas no bairro dos ricos, e, uma modesta reforma no Machadão. Infelizmente, ninguém quer enxergar o ÓBVIO ULULANTE. Segundo o dito popular, “o pior cego é o que não quer ver”. Ou quando ver não lhe convém.

Endividamento de US$ 42 trilhões dos países desenvolvidos ameaça a recuperação da economia mundial 
Fernando Dantas, de O Estado de S.Paulo
A dívida de um punhado de países ricos aumentou em US$ 16 trilhões (mais que o PIB americano) desde 2007, e atinge hoje US$ 42 trilhões, ou 61% do PIB global, representando uma das principais ameaças à recuperação da economia mundial.
Esse endividamento pesa hoje sobre Estados Unidos, países da zona do euro, Reino Unido e Japão, justamente a parte mais rica do mundo, que por séculos foi o motor e a vanguarda da expansão da prosperidade humana. Em 2007, antes da crise econômica global, a dívida dos países ricos era de US$ 26 trilhões, e correspondia a 47% do PIB global.
Nesta semana, os mercados globais entraram em estado de choque com a notícia de que a famosa agência de rating (classificação de risco de crédito) Standard & Poor’s havia colocado a nota dos Estados Unidos em "perspectiva negativa". A decisão da S&P não significa que os EUA já foram rebaixados, mas sim que existe uma chance em três de que isto venha a ocorrer em dois anos. Essa simples possibilidade, porém, já é suficiente para mexer com um dos mais importantes pilares do sistema financeiro global.
Desde que a agência iniciou a classificação do crédito do governo americano, há cerca de 70 anos, o rating sempre foi AAA, o máximo possível. Considerada como risco zero, ou pelo menos risco mínimo, a dívida americana sempre foi vista como o piso a partir do qual o risco de todos os outros créditos é medido. Assim, a chance de que a qualidade de crédito dos EUA venha a deixar de ser o parâmetro para avaliar os demais riscos embaralha as perspectivas da economia global num momento que já é particularmente confuso.
O problema americano é que, com a crise global de 2008 e 2009 - e os grandes déficits públicos que foram usados como alavanca para relançar a economia -, a dívida pública explodiu.

Pesquisa com técnicas de neuromarketing revela reações distintas de eleitoras a retratos da petista como candidata e como presidente
Daniel Bramatti - O Estado de S.Paulo
A sala é escura e isolada acusticamente. Por três minutos, o computador exibe um ponto preto, até que surge a imagem de Dilma Rousseff, sorridente, vestindo a faixa presidencial, com as colunas do Palácio da Alvorada ao fundo. Diante da tela, o espectador tem corpo e cérebro monitorados.
Uma touca com 21 eletrodos registra o comportamento das ondas cerebrais. Sincronizados, outros sensores avaliam a frequência cardíaca e respiratória e a condutividade elétrica da pele - que muda em microssegundos em reação a estímulos externos.
Um sensor segue os movimentos das íris e registra a ordem em que diferentes pontos da foto são observados, além do tempo dedicado a cada um deles.
O mapeamento das reações conscientes e inconscientes é uma das etapas de estudo feito pelo recém-inaugurado Laboratório de Neuromarketing da Fundação Getúlio Vargas, que detectou mudanças na forma como as mulheres reagiram emocionalmente a Dilma Rousseff.
Aposta positiva. Antes da eleição, a petista provocava nas mulheres uma resposta emocional "negativo-aversiva", de acordo com o estudo. Após dois meses de governo, o público feminino ainda reagia mal a uma fotografia da candidata fazendo um comício, mas a resistência se dissipava quando a foto mostrada era a de Dilma como presidente.
"As brasileiras pesquisadas demonstram que estão fazendo uma aposta emocional positiva em relação à presidente, embora as reações sejam de intensidade moderada, sinalizando uma atitude ainda de cautela e expectativa", afirma o relatório do estudo coordenado pela neurocientista Silvia Laurentino.
Carlos Augusto Costa, coordenador do laboratório da FGV, explica que diferentes partes do cérebro são ativadas quando alguém reage a um estímulo com medo, alegria, desconfiança ou simpatia. "Pesquisas qualitativas e quantitativas trabalham com as declarações do entrevistado: o que ele diz perceber e sentir. O neuromarketing avança no inconsciente e vai buscar não só o que a pessoa diz."
O estudo envolveu dois grupos de mulheres de classe C, em Recife (PE), às vésperas do segundo turno e 60 dias após a posse. O primeiro grupo, de 18 pessoas, observou uma imagem de Dilma em um comício. O segundo, com 20 integrantes, avaliou, a imagem de campanha e a fotografia oficial da presidente. Metade de cada grupo era composta por simpatizantes do governo.
As participantes da pesquisa também foram entrevistadas a respeito das emoções que sentem em relação a Dilma. Os questionários apresentaram resultados similares aos detectados no chamado estudo neurométrico.
Fator Lula. O sociólogo Antonio Lavareda, especialista em pesquisas eleitorais levantou a hipótese de que as mulheres teriam maior envolvimento emocional com Dilma após a posse, quando seria menor a dependência dela em relação a Lula.
"Das informações que o cérebro capta, 99% são processadas inconscientemente", afirmou Lavareda, um entusiasta do neuromarketing. Para ele, é questão de tempo até que as campanhas políticas no Brasil façam uso dessa ferramenta. O laboratório da FGV, porém, não prestará serviços a candidatos. Fará apenas pesquisas acadêmicas e trabalhos para empresas e governos.
O estudo da FGV não foi o único a mostrar que a opinião das mulheres em relação à Dilma Rousseff mudou. Segundo o Ibope, homens e mulheres avaliam a presidente praticamente da mesma forma e o Datafolha diz que a avaliação de Dilma é melhor entre as mulheres.

24.4.11



Do Blog do Josias
No meio do caminho entre o Brasil da ditadura e o Brasil redemocratizado há um Puma flamejante
O país provavelmente seria outro se uma das bombas transportadas no veículo não tivesse explodido no colo do terror.
A coisa aconteceu, como se sabe, em 30 de abril de 1981. Já lá se vão 30 anos. E o Puma ainda arde na enciclopédia como chama mal explicada.
Os repórteres Chico Otavio e Alessandra Duarte levam às páginas deste domingo (24) uma notícia que traz à luz pedaços sombreados da história.
A dupla apalpou a agenda do sargento Guilherme Pereira do Rosário, em cujo colo explodiu, por imperícia, a bomba do Riocentro.
O sargento morreu. Seu acompanhante, o capitão Wilson Machado, feriu-se gravemente. Realizaram-se dois inquéritos militares.
O primeiro, de 1981, terminou em farsa. O capitão ferido na explosão declarou-se vítima, não autor do atentado.
Em notas, o Exército endossou a versão burlesca. O general Figueiredo, presidente de então, prometera prender e arrebentar quem se opusesse à abertura.
Porém, entre o cumprimento da promessa e a preservação da unidade militar, Figueiredo optou por fingir que não havia um Puma desafiando sua autoridade.
No segundo inquérito, de 1999, as conclusões migraram da farsa para a pantomima, do inacreditável para o inaceitável.
Ficou entendido que o sargento morto e o capitão ferido eram responsáveis pela explosão, não vitimas.
Incriminaram-se outros dois personagens: o oficial do Exército Freddie Perdigão e o civil Hilário Corrales.
Porém, o STM (Superior Tribunal Militar) absteve-se de punir os terroristas da linha dura. Entendeu-se que a ação deles estava coberta pela lei da anistia.
Foi num volume desse segundo inquérito, mandado ao arquivo em 2000, que os repórteres localizaram a agenda do sargento morto Guilherme Rosário.
A peça –um caderninho marrom que cabe na palma da mão— foi recolhida no local da explosão por um tenente, Divany Carvalho Barros.
Traz anotados, com a caligrafia de Guilherme Rosário, 107 nomes e seus respectivos telefones.
Cruzando dados da época com informações atuais, os repórteres lograram identificar metade dos nomes da agenda.
Descobriu-se uma autêntica rede de pessoas envolvidas com tortura e espionagem.
Há na agenda membros do “Grupo Secreto”, organização paramilitar de direita que deflagrou uma série de atos terroristas para tentar deter a abertura política.
Constam também da lista: militares da chamada comunidade de informações, agentes da Secretaria estadual de Segurança e representantes da sociedade civil.
De resto, o sargento anotara em sua caderneta telefones de meios de comunicação, para os quais ligaria a fim de comunicar sobre atentados.
Todo esse manancial de dados foi ignorado como pista na pseudoinvestigação. Muitos dos nomes da agenda permanecem vivos.
Contactados, disseram não se recordar do sargento da explosão. Não souberam explicar, porém, como seus nomes foram parar na agenda.
Retorne-se ao início: a abertura política iniciada nos anos 80 pelo general Geisel teria tomado outro rumo se a turma do Puma não tivesse se auto-implodido.
Se as bombas explodissem como planejado, haveria pânico e morte num show musical apinhado que se realizava no Riocentro.
Os “comunistas” seriam responsabilizados pelo sangue. A abertura provavelmente seria mandada ao beleléu.
Prevaleceria um Brasil de linha dura, que desaguaria em mais selvageria, nunca no Tancredo Neves do Colégio Eleitoral.
A nova reportagem não apaga o Puma do verbete. Ele continua lá, ardendo. Mas os dados ajudam a recontar um pedaço da história que muitos, ainda hoje, prefeririam esconder.

Entrevista 10 x 140
Perfil de Daniel Dantas - Jornalista formado pela UFRN, mestre e doutorando em Estudos da Linguagem pela UFRN, coordena, no RN, o Movimento de Blogueiros Progressistas.
P- Como nasceu o Movimento de Blogueiros Progreessistas?
Daniel Dantas – Nasceu entre o fim de 2009 e maio de 2010 a partir do desejo de reunir um movimento em favor da democratização da comunicação na blogosfera
P- O que é um blogueiro progressista?
Daniel Dantas - É auto-declaratório, mas nosso movimento defende diversos princípios expostos em cartas como a aprovada em nosso encontro estadual.
P- Qual sua opinião sobre o jornalismo praticado no RN nos grandes veículos de comunicação?
Daniel Dantas – Nosso jornalismo reproduz o que acontece em nível nacional e até global, com a diferença que somos ainda mais provincianos e venais.
P- Como você analisa essa disseminação numerosa de Blogs no RN?
Daniel Dantas – Blogs empoderam vozes alternativas que não seriam ouvidas sem sua emergência,importante para mover uma opinião pública melhor informada.
P- O que você destacaria de mais importante para a sociedade nas novas mídias sociais?
Daniel Dantas - A cultura do digital,na qual engantinhamos,modifica várias formas sociais, desde obtenção de informação, militância até as interações.
P- Qual o papel das novas mídias sociais em relação aos governos?
Daniel Dantas – As novas mídias podem ser ferramentas fundamentais para o controle social dos governos, denunciando, contribuindo para políticas públicas.
P- Qual a tese de doutorado que você está desenvolvendo na UFRN?
Daniel Dantas – Pesquiso como o discurso argumentativo nos blogs contribui para a discussão de temas, usando o exemplo do Blog Fatos e Dados da Petrobras.
P- Há imparcialidade no trato das informações seja nos grandes veículos de comunicação ou nos Blogs?
Daniel Dantas – Todo enunciado é valorado, ideológico, já dizia Bakhtin. Não existe imparcialidade no discurso, que sempre é defesa de um ponto de vista.
P- O que é o Twitter para você?
Daniel Dantas – O twitter é informação, relacionamento, militância, mobilização e até trabalho para mim, sem contar com o prazer do debate político e social.
P- Quando não está estudando ou trabalhando o que você mais gosta de fazer?
Daniel Dantas - Ficar com minha filha Alice e com minha esposa Kênia. Dormir com a bebê entre nós não tem preço.
*Se você quer conhecer um pouco mais o Daniel Dantas converse com ele no Twitter @danieldantas79

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